
(Em 1992). Desde o ano passado comecei a achar
o Beto diferente. Em 15 de setembro as 14:30,
estou no trabalho na minha sala, quando uma
criança chega e me entrega uma carta, que diz:
"Oi Mariana, estou te escrevendo estas poucas
linhas para te avisar uma coisa, porque tenho
muita dó de você, isso que vou te dizer não é
mentira, porque eu já via muito tempo, e queria
te escrever, mas eu não tinha certeza, agora eu
tenho; seu marido tem uma mulher, se você não
acredita, vai atrás dele, todos os dias eu vejo
ele passando para a casa dela.
É Divina, para ficar melhor para você, vou dar
algumas dicas onde ela mora, no Vilage Garavelo
H, em frente a antena da Rádio Caraíba.
Mariana, me desculpe por eu estar te avisando,
também não posso dar meu nome, porque é muito
perigoso, eu te conheço, mais você não me
conhece, e também quando ele vai para a fazenda,
ele também vai com ela."
Li a carta, me descontrolei um pouco, pensei
muito em que atitude tomar, fui relembrando do
nosso relacionamento péssimo; ele bebendo muito,
chegando tarde da noite, estúpido e grosseiro.
Só que a vida é uma armadilha, os 25 anos de
casados, em poucos minutos desmoronou.
Eu sempre dizia, que para haver uma separação,
teria que haver infidelidade; após essa tragédia
não esperei nada de bom. O meu coração foi
apunhalado.
"Prefiro a asfixia da realidade que o vento
brando da falsidade"
***MINHA HISTÓRIA, fato verídico, aconteceu
comigo. Ana Maria Gonçalves***