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terça-feira, 31 de março de 2009

*NUM MERCADO*


Num mercado perto de casa, vi uma senhora
bem vestida esconder uma garrafa de suco
sob o xale.
No caixa, ela pagou pelas coisas que
escolheu, mas não pelo suco.
Ao sair, perguntei ao dono do mercado
se ele percebera o roubo.
_Sim, ela sempre faz isso. Mas não quero
constrangê-la e perdê-la como cliente.

Pensei: Que cavalheiro. Mas só até ouvi-lo
completar a fala:
_ Não posso ter prejuízo, mas cobro um
pouco mais nos outros produtos...

"Asha Shetty, Irlanda"

segunda-feira, 30 de março de 2009

*UMA ILHA CHAMADA LIVRO*


Algum tempo atrás, por causa da inauguração
de uma biblioteca, fiz uma visita ao presídio
de Bangu, no Rio. Foi uma experiência. Saí de
lá achando que todo mundo deveria fazer isso
pelo menos uma vez na vida. Quando vemos
aquelas pessoas de perto, tudo ganha de
repente uma dimensão humana, real, o drama
passa a ter um rosto, um olhar.

Quase podemos sentir os minutos, as horas, os
dias escoando com lentidão excruciante.
Ninguém sai intocado de um lugar assim.
Quando, encerrada a visita, chegamos do lado
de fora, vemos a luz do dia com outros olhos.
Algo vai conosco, colado à nossa pele, e nos
dá pequenas fisgadas de alerta, chamando
para que estejamos conscientes, prestemos
atenção. Para que façamos alguma coisa. Foi o
que aconteceu comigo.

Mas, se a visita a Bangu me marcou, houve
naquela tarde um encontro que me impressionou
mais do que todos: a conversa que tive com um
homem, um brasileiro magro, pardo, baixinho,
chamado José.
Ele estava em uma das alas para presos com bom
comportamento, tendo permissão de circular à
vontade e falar conosco, os visitantes.
Assim que começamos a conversar, olhei-o e foi
como se estivesse diante de um náufrago.
José foi contando sua história. Um dia, seu
mundo desabou, como um navio que afunda. Não
me explicou bem o motivo. Enquanto contava,
olhava para baixo, parecendo um pouco
envergonhado. Fiquei sem saber o motivo da
prisão. Mas não importa, soube o essencial:
um dia José se viu no inferno. Foi
condenado a 20 anos.

"Heloísa Seixas é romancista, contista e
cronista. Livro Seleções"

domingo, 29 de março de 2009

*LUGAR DE HOMEM É NA CONFEITARIA!!!*


Gostar de comer, a princípio, rendeu a
Flavio Frederico o apelido de "Gordo",
que permanece até hoje - embora ele nem
seja tão corpulento assim.

Caçula de 11 netos, ele não era muito de
brincar. Quando a avó ía para a cozinha,
o menino ía também mexer a comida nas
panelas, ao lado dela. Adolescente,
tornou-se o cozinheiro oficial da turma.

Frederico só não imaginava que a
brincadeira se tornaria profissão. Hoje,
ele faz sobremesas para mais de 40
restaurantes e bufês de São Paulo.

Workaholic e perfeccionista, dorme só
quatro horas por noite. Do início ao fim,
cuida de tudo, nos mínimos detalhes. Da
profissão, Frederico só se arrepende de
uma coisa: deixou de ser convidado para
jantares. É que os amigos não sabem o
que servir ao sofisticado chef. "Já
disse que como de tudo! E ainda levo
a sobremesa!"

"Adriana Carranca, O Estado de São Paulo"
"Revista: Seleções"

sábado, 28 de março de 2009

*BRAVO CORAÇÃO*


corcoes - Recados Para Orkut



Fico muito feliz em saber que existem
profissionais como os médicos

corcoes - Recados Para Orkut



Magdi Yacoub e Victor Tsang, dotados de
grande inteligência e capazes de realizar
cirurgias delicadas com perfeição -
"Coração valente".
Eles devolveram a saúde a Hannah Clark e
mostraram que, por mais grave que seja
um problema, sempre há esperança - e as
mãos de Deus operando por meio de
grandes cirurgiões.

"Acrineu Ribeiro dos Santos,
Apucarana (PR)"

quinta-feira, 26 de março de 2009

*PERDÃO DE ANA*

Tenho um filho de 6 anos e fiquei
arrepiada ao ler "O abraço de Ana", pois
morro de medo de perdê-lo. Sem dúvida
a história dela é um exemplo para
todas as mães.
Mas, ao mesmo tempo, me coloquei no
lugar da mãe do assassino. Acredito
que, se Héctor Chávez fosse o meu
filho, sofreria tanto quanto Ana.

"Lília Gusmão, Vitória da Conquista (BA)"

quarta-feira, 25 de março de 2009

*DUAS VEZES MÃE*


Vi-me retratada na crônica de Heloísa seixas
- "Mãe em dois tempos". Minha mãe teve os
mesmos sintomas, anos a fio, até receber o
diagnóstico de doença de Alzheimer. Acabei
me transformando em "mãe leoa" dos meus
outros três filhos. Hoje somos mais felizes do
que fomos a vida inteira de convivência
difícil (estamos sempre alegres). Aqui em
casa é proibido ser triste e detesto
quando as pessoas dizem "coitada". Coitado
de quem, diferentemente de mim e de
Heloísa, não se adapta a essa nova
realidade.

"Denize Carlos, Recife (PE)"
"Revista Seleções"

segunda-feira, 23 de março de 2009

*LIÇÃO DE LUCY*


Com muita alegria li uma reportagem sobre
Lucy, que tem ictiose em arlequim - "Sem
pele".
Sou mãe de uma adolescente que nasceu com
ictiose lamelar congênita e, como a família
de Lucy, nós também passamos por dificuldades
principalmente por causa da falta de
informação e do preconceito. Temos uma
comunidade no Orkut chamada "ictiose" e com
ela conhecemos pessoas maravilhosas que
sofrem do mesmo mal, mas que não só ajudam
umas às outras a superar os problemas como
provam que a beleza externa é um simples
detalhe.

"Denize Melo, por e-mail"

domingo, 22 de março de 2009

*PERDI A VIRGINDADE*


Aos 16 anos perdi a virgindade: e veio o
aborto.
Passaram os 13 anos, os 14, 15, e cheguei
aos 16. Tristemente, aos 16 anos, conheço
e tenho o meu primeiro noivo! Começou a
pressão das minhas amigas. Eu era considerada
a ovelha negra, por não ter sido deflorada,
como elas diziam. Agora que tinha noivo,
começava a pressão psicológica!
Eu tinha-lhes prometido que quando tivesse
um noivo sim, antes não! Agora já não tinha
escapatória! Eu disse à minha amiga Stela:
mas, e se eu ficar grávida como tu? Ela
responde que não, que não ía acontecer isso,
porque agora havia outros métodos, como por
exemplo, os preservativos. Porque na época dela
só se usavam as pílulas, mas agora eu não ía
ter problemas. Disse-me que ía me dar 5
pílulas para tomar todas no mesmo dia e que
usássemos os preservativos, que ía ver que não
me acontecia nada.
Eu sentia-me mal, por ter de cumprir essa
promessa, mas não queria ficar mal com elas.
Olhem, que quando aconteceu...vi que a minha
mãe tinha razão, quando dizia que uma menina
que perde a virgindade apaga-se. Eu sentia isso,
que algo se apagou em mim, como se tivesse
perdido algo, que não voltaria a recuperar.
Foi essa a sensação que ficou, e também uma
tristeza enorme. Não sei porque é que dizem
que o sexo é bom! Não sei porque os jovens
dizem gostar tanto! Eu acho que não é bem
assim! No meu país, Colombia, vê-se na
televisão, tanta publicidade, que fala e
incentiva à sexualidade segura, com preservativo.
Que desfrutem a sexualidade. Eu sinto tanta
tristeza, quando vejo isto!

Se soubessem! Se soubessem!...


"Livro:Da Ilusão à Verdade,
de Glória Polo, p.57 e 58"

sexta-feira, 20 de março de 2009

*MINHA CRENÇA*


"SE VOCÊ NÃO CONSEGUE FAZER O QUE DEVE...
DEVE AO MENOS FAZER O QUE CONSEGUE!"

Esta frase resume minha crença sobre como
devemos viver a vida e, especialmente, o
amor! Devemos nos acolher mais do que nos
criticar por nossos equívocos. O acolhimento
é mais eficiente e transformador do que a
autocrítica reforçadora de nossas dificuldades.
Depois de já ter praticado esta crença comigo
mesma, resolvi 'aplicá-la' em uma amiga.
Há algum tempo, ela se queixava de não
conseguir se desprender de uma relação que
estava lhe roubando a auto-estima.
Apesar de saber que deveria se livrar
daquele relacionamento que não acrescentava
nada positivo em sua vida, ela não conseguia
dizer o tão necessário 'basta!'. Toda vez
que surgia uma oportunidade de rever a
pessoa com quem ela se relacionava, terminava
aceitando o convite. Depois, sentia-se mal
consigo mesma, incapaz de tomar as rédeas
de sua própria história.

Resolvi acolhê-la. E sugiro, agora, que
você se acolha! Por mais que você já saiba
o que deve ser feito para chegar onde deseja,
talvez você ainda não esteja maduro para
conseguir fazer isso. Então, relaxe. Não
desista, apenas relaxe.

"Por Rosana Braga,
www.rosanabraga.com.br"

quinta-feira, 5 de março de 2009

*PERGUNTA DIFÍCIL*


O patrão chama sua funcionária e pede:
_ Por favor, preencha um cheque de R$600
pra eu pagar uma conta!
A funcionária demora muito para preencher o
cheque e volta com uma dúvida crucial:
_ Chefe, a palavra 600 se escreve com S ou
com C?
O patrão irritado ameaça demitir a funcionária
caso ela não melhore seu português.
_ Por favor, chefinho, eu prometo estudar mais
português e me tornar tão boa em gramática
quanto o senhor, só me tire esta dúvida.
O cheque deve ser escrito com S ou com C?
Nisso o chefe fica alguns segundos pensativo
e responde:
_ É o seguinte faça dois cheques de trezentos!

"Jornal DAQUI"